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T abajara Ruas será o agraciado com o Troféu Escritor do Ano na edição 2020 do Prêmio Academia Rio-Grandense de Letras. A distinção é concedida, anualmente, a um escritor ou escritora cuja obra seja reconhecida pela qualidade e amplitude, independente de gênero literário a que se dedique. A escolha do homenageado é feita por indicação e deliberação direta dos membros efetivos da Academia. A cerimônia virtual de entrega do Prêmio Rio-Grandense de Letras ocorrerá em 14 de dezembro, às 20 horas.
“Além de ter garantido a reputação dos gaúchos como senhores de uma cultura elevada, Tabajara Ruas contribui com a releitura de episódios da história sul-rio-grandense, conquistando um público que, do conhecimento dos assuntos pelos filmes baseados em sua obra, busca ampliar e aprofundar tal conhecimento pela leitura”, elogia o crítico literário e poeta José Édil de Lima Alves, ocupante da Cadeira 3 da Academia Rio-Grandense de Letras.
Marcelino Tabajara Gutierrez Ruas nasceu em Uruguaiana, Rio Grande do Sul, em 1942. Atuando em múltiplas frentes, é romancista, jornalista, cineasta, roteirista de histórias em quadrinhos, televisão e cinema. Cursou arquitetura na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na Det Kongelige Danske Kunstakademi, em Copenhague. Por sua atuação política contra a ditadura militar, viveu no exílio entre 1971 e 1981, passando por Uruguai, Chile, Argentina, Dinamarca, São Tomé e Príncipe e Portugal. Estreou na literatura com o romance “A região submersa”, publicado no Brasil em 1978, quando ainda se encontrava fora do país O livro foi lançado primeiramente em Portugal e na Dinamarca. Retornando ao Brasil, seguiu exitosa carreira literária, com obras tias como “Perseguição e cerco a Juvêncio Gutierrez” e “O amor de Pedro por João”. Em 2001, após algumas experiências como roteirista, resolve dirigir o longa-metragem “Netto perde sua alma”, baseado em obra homônima de sua autoria, lançada em 1998. Após o sucesso dessa incursão na indústria do cinema, seguiram-se outros filmes, como o documentário “Brizola – Tempos de Luta” e “Os senhores da guerra”.
Tabajara Ruas teve participação como roteirista nos filmes:
"Manhã" - (1989) Curta dirigido por Zeca Nunes Pires e Norberto Depizzolatti com roteiro de Tabajara Ruas baseado no poema "Morte do Leiteiro", do escritor Carlos Drumond de Andrade.
"Iha" - (2001) Produção Executiva de Jair dos Santos e Zeca Nunes Pires roteiro de Tabajara Ruas - Filmado nos municípios de Florianópolis, Angelina e Urubici na bela região serrana catarinense.
"A Antropóloga" - (2011) Direção: Zeca Nunes Pires, Maria Emília de Azevedo, Giba Assis Brasil - Argumento Original: Tabajara Ruas - Roteiro: Tânia Lamarca e Sandra Nebelung - O filme concorreu para representar o Brasil no Oscar de 2012, como melhor filme estrangeiro.