Mostra online gratuita. Assista em www.vimeo.com/mamrio
Saiba mais sobre os 65 anos da Cinemateca do MAM
sessão 1 SEX 10 – QUI 16 jul
Tudo por amor ao cinema de Aurélio Michiles. Brasil, 2014. Documentário, 98′.
Documentário sobre um dos personagens mais importantes da história do cinema brasileiro: Cosme Alves Netto (1937-1996). Mais conhecido como o “Cosme da Cinemateca” do MAM, esteve presente, entre as décadas 50 a 80, em vários episódios da história do cinema brasileiro e latino-americano, sobretudo na luta por sua divulgação e preservação. O filme revela a intimidade da vida deste “amazonense-de-todo-mundo” e homenageia o cinema por meio da cinebiografia de Cosme Alves Neto e suas aventuras e peripécias para preservar e difundir filmes. O único documentário brasileiro sobre a “cinefilia” e a arte de programar filmes.
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sessão 2 SEX 17 – QUI 23 jul
Humberto Mauro de André Di Mauro. Brasil, 2018. Documentário, 90′.
Documentário feito para homenagear o cineasta Humberto Mauro, considerado o pioneiro do cinema brasileiro e latino-americano, dirigido por seu sobrinho neto, André di Mauro. O filme mostra a vida de Humberto Mauro através de seus filmes em uma narrativa composta por entrevistas com ele realizadas nos anos 60. Humberto Mauro é um amplo painel dinâmico e humano sobre a criatividade e o cinema de Mauro, expondo as soluções técnicas incomuns para fazer seus filmes e diante das adversidades inerentes ao trabalho pioneiro no início do século XX em uma pequena cidade latino-americana. A voz de Mauro permeia o filme, contando histórias e falando sobre a vida, seu estilo cinematográfico e suas descobertas. De cena a cena vemos seus filmes se misturarem na edição criando uma visão ampla do que é seu cinema, com planos e seqüências de tirar o fôlego que nos remetem à uma viagem no tempo desvelando a própria história do cinema, nunca esquecendo a sua definição sobre o cinema: “o cinema é cachoeira”.
sessão 3 SEX 24 – QUI 30 jul
Até onde pode chegar um filme de família de Rodolfo Junqueira. Brasil, 2018. Documentário, 75′.
Filme de família de Aristides Junqueira, acervo da Cinemateca do MAM e Cinemateca Brasileira, é desvendado em suas histórias e pontos de vista na forma de um ensaio fílmico com materiais de arquivo, cenas de família, film footage, entrevistas e voz off para contar a biografia desconhecida de um pioneiro do cinema.
sessão 4 SEX 31 jul – QUI 6 ago
Sessão ABPA 2019. Gafieira de Gerson Tavares. Brasil, 1972. 12′ + Creche-Lar de Maria Luiza Aboim. Brasil, 1978. 9′. + Carnaval de Rua – Porto Alegre de Wilkens Filmes Ltda. Brasil, 1959. Documentário 5′. + Pantera Negra de Jô Oliveira. Brasil, 1968. 3′. + Eclipse de Antonio Moreno. Brasil, 1984. 12′.
Em 2014, o “Projeto Resgate da obra de Gerson Tavares” preparou, digitalizou e recolocou em circulação a produção do cineasta fluminense Gerson Tavares. Gafieira foi produzido pelo Instituto Nacional de Cinema (INC) e registra uma noite de sábado na tradicional Gafieira Elite, na praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro. Fotografado por Lauro Escorel, o curta traça o painel de um típico salão de baile que já então desaparecia da cidade. A cópia em 35mm do curta-metragem, matriz da presente digitalização, está depositada na Cinemateca Brasileira, São Paulo.
Nos anos 1970, Maria Luiza Aboim integrava o Centro da Mulher Brasileira (CMB), uma organização feminista centrada na reflexão sobre a condição da mulher na sociedade. A ausência de creches, e a necessidade urgente de criar condições para que as mães pudessem ter apoio no cuidado com filhos, eram temas frequentes. Creche-Lar, o primeiro filme da diretora, parte dessa busca e retrata uma experiência de creche comunitária em Vila Kennedy, no Rio de Janeiro, onde trabalham mães residentes no bairro. A cópia do filme está depositada, em regime de comodato, no Arquivo Nacional, Rio de Janeiro.
Em 2018, o Museu da Comunicação Social Hipólito José da Costa realizou o projeto “Do fotograma ao cinema” e digitalizou parte do seu acervo. O projeto incluiu os materiais da produtora Wilkens Filmes, empresa cinematográfica de Carlos Wilkens (1913-1977) e de Heitor Baptista Wilkens (1921-1993), que noticiou a vida social e política do Rio Grande do Sul nas décadas de 1950 e 1960. Carnaval de Rua – Porto Alegre registra as festividades que, na época, ocorriam no coração da cidade, no encontro da Rua dos Andradas e a Avenida Borges Medeiros. Tais imagens compõem importante registro da história local e do filme de não-ficção no Brasil.
Pantera Negra ganhou menção honrosa no IV Festival de Cinema Amador JB/Mesbla, em 1968. Um filme musical pintado à mão, foi a primeira experiência com cinema de animação do artista e ilustrador Jô Oliveira, na época integrante do grupo Fotograma, organização que reunia o trabalho de diversos artistas e promovia o cinema de animação no Brasil. O filme foi digitalizado em 2019, o que permitiu a sua redescoberta como um material importante para história do cinema experimental no Brasil. O material original, com as cores pintadas em nanquim, está sob os cuidados do artista.
Eclipse é considerada a obra mais marcante de Antônio Moreno. Nascido em Fortaleza e radicado no Rio de Janeiro, o cineasta e professor foi um dos fundadores do grupo Fotograma, marco da animação experimental no Brasil. A partir de 1972 realizou 15 curtas-metragens. Eclipse, filme-ensaio experimental sobre os 21 anos de ditadura no Brasil, foi realizado através de animação direta na película, tendo ganhado menção honrosa no XIII Festival de Gramado em 1985. Foi digitalizado em 2019 através da iniciativa do Urubu Cine, cineclube dedicado ao curta-metragismo brasileiro. Os negativos originais em 35mm, matrizes desta digitalização, encontram-se depositados em regime de comodato no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. A cópia 35mm, utilizada como referência, encontra-se depositada na Cinemateca do MAM.
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Parceria
A Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) é uma associação civil de caráter cultural, técnico e científico que tem por finalidade estimular a conscientização e promover o interesse público pela salvaguarda e acesso ao patrimônio audiovisual brasileiro. Criada em 2008, entre os seus filiados estão pesquisadores, técnicos, estudantes e profissionais ligados à preservação audiovisual no Brasil.
A ABPA tem como tem como missão contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento técnico, científico e cultural dos profissionais que atuam no campo da preservação, promovendo a valorização do trabalho de arquivos e pesquisadores. Neste sentido, realizamos a Sessão ABPA, um programa de filmes que agrega curtas-metragens preservados em arquivos brasileiros. Essa ação de difusão visa dar visibilidade ao trabalho de preservadores audiovisuais e pesquisadores atuantes na construção da memória do cinema brasileiro, trazendo à luz filmes pouco vistos e que passaram por processos recentes de restauro ou digitalização. A sessão de filmes é também um ponto de partida para discussões sobre os desafios enfrentados pelo campo da preservação audiovisual no país e a importância da interlocução com realizadores, a academia e o público mais amplo.
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ARTICLE SOURCE: MAM.RIO