Um Tiro na Asa
(35mm/15`/2005)
Direção: Maria Emília de Azevedo
Roteiro: Marcelo Esteves
ELENCO:
Sérgio Bellozupko – Antônio | Reynaldo Grankow – Miguel | Celso dos Santos – Voz pai de Antônio
Domingo, dia 26 de abril de 2020, nosso ator nos deixou. E foi como em vida, discreto e suave, deixando a todos nós com a lembrança de suas risadas sonoras, de seu humor requintado, de sua sensibilidade a flor da pele à moda latina, de suas representações e seus personagens. Está agora no além palco do teatro iluminado, no transcendental set de filmagem para desempenhar outros papeis, inúmeros que ainda virão. E nós aqui vibraremos ainda com nossas vozes encharcadas e corações saudosos
BRAVÍSSIMO SÉRGIO BELLOZUPKO!
Maria Emília de Azevedo, cineasta
Depoimentos
COLETÂNEA DE CURTAS DE MARIA EMÍLIA DE AZEVEDO | TRILOGIA DA DOR E MULHER AZIUL
"O cinema poemático, como se sabe, tem na imagem a sua principal ferramenta que, no caso do filme de Maria Emília, fez a câmera deslizar sobre as coisas com a mesma curiosidade com que se experimenta o lugar quase inominável entre o visível e o invisível. Justamente o lugar da mulher sempre azul, no limiar e na fronteira."
"O olhar arguto e sensível de Maria Emília de Azevedo denuncia injustiças detendo-se nas pequenas e dolorosas particularidades do ser humano. Em Roda dos Expostos, o tema da maternidade ausente, do silêncio e do abandono são os sentimentos que dão a base â criação do personagem Hector, adulto condenado a viver numa espécie de infância fantasmática que nunca termina e nem se realiza por completo."
"...Em um curta-metragem, de viés intimista, a sensibilidade e a acuidade histórica da diretora, nos transmite toda a luta existencial e artística do grande poeta afro-desterrense, João da Cruz e Sousa, para afirmar-se no seu ambiente social excludente e racista que o marcou para toda a sua vida."
"A cineasta realiza um cinema autoral nos termos defendidos pela Nouvelle Vague, na qual o filme é um ensaio escrito, uma tese construida em sua textualidade. Prova disso é a conceituação que Maria Emília propõe para seus três curta-metragens, Alva Paixão (1995), Roda dos Expostos (2001) e Um Tiro na Asa (2005), que compões a Trilogia da Dor."
Na ditadura, anos de chumbo, quando o direito a liberdade é suprimido, interrompe a tortura, as repressões e as injustiças que deixam marcas violentas e indeléveis no ser humano. Sinais que muitas vezes permanecem latentes e é sobre esse universo que a cineasta Maria Emília aborda com talento e de uma forma sutil, sensível e dolorida no curta "Um Tiro na Asa."
“Os touros percorrem as ruas de cidades hispânicas...”
Sinopse
A ntônio cotidianamente recebe ameaças pela internet. O autor das ameaças se revela: foi o torturador de seu pai, preso político durante o regime de ditadura militar no Brasil. Antonio é conduzido por Miguel, seu algoz, a um encontro decisivo.